"Quid Rides? De te fabula narratur." Horácio.

segunda-feira, abril 24, 2006

Mibéria


Iberia

Há linhas aéreas boas, linhas aéreas assim-assim, linhas aéreas más e até, nalguns casos, linhas aéreas péssimas. Depois, há a Iberia.

Já cá venho que tenho de ir à procura da mala que ninguém sabia onde estava, se tinha ficado, se tinha ido, se estava farta de viagens de trabalho e tinha partido de férias sem mim ou se, pura e simplesmente, se tinha demitido com justa causa por maus-tratos continuados.
Queria, por isso, e publicamente, pedir desde já as minhas mais sinceras desculpas à Mexicana de Aviación, à TAM, à Alaska Airlines e, inevitavelmente, à SATA, companhias a que, em dada altura, acusei de serem as piores do mundo. Acontece que, por incrível que pareça, nunca tinha viajado com a Iberia e, na minha ignorância acreditava seriamente que era impossível ser pior do que estas companhias. Não era. A Iberia consegue no espaço de uma só semana deixar-me 3 horas dentro de um avião em Barajas - sem qualquer informação - antes de cancelar o voo, mandar-me a 3 - três - centros de assistência ao cliente a 10 km uns dos outros para me trocar de voo (num centro); dar-me um voucher para o hotel (noutro centro) e dar-me um voucher para o transporte (noutro centro ainda); aterrar-me em Pamplona no voo para San Sebastián e deixar-me uma hora à espera até me dizer que ia de autocarro o resto do caminho; atribuir-me um lugar no voo Madrid-Lisboa que, simplesmente, não existia no avião e ainda dizer-me "pero como tiene usted el 18F si no hay ese asiento en el avión?". Boa pergunta e solução melhor ainda: espere de pé no meio do corredor a ver se sobra algum lugar. Finalmente, perde-me a mala a caminho de Bilbao. Nada de muito anormal à primeira vista, mas quando a menina das bagagens no aeroporto diz que não sabe dizer nada sobre bagagens, que há que ligar para um número (a pagar), o pomposo Centro de Bagagens da Iberia, para que alguém nos diga precisamente o mesmo depois de vinte minutos a ouvir publicidade que nos diz que nos dão informação por SMS - a mesma informação que não têm por telefone, a paciência esgota-se e só há uma solução: iniciar uma campanha para que a Portugália ou a Spanair abram voos para San Sebastián.
E pedir desculpa a esses exempos de excelência de serviço aéreo citados acima.

quarta-feira, abril 19, 2006

Caracóis, Sandálias e Traições (c)


Roma

E agora? Com esta morte, que raio se vai ver às segundas?

segunda-feira, abril 17, 2006

Donostiako Kronika


Donostia

Se mais provas fossem necessárias de quão miserável é a minha vida, o facto de já estar em San Sebastián há três semanas e ainda ter de resumir este post às primeiras impressões, seria evidência suficiente que necessito urgentemente de, como dizem os americanos, "get a life". Não teria sequer qualquer oposição de princípio a começá-la aqui.
A primeira vez que cá vim foi no século passado - soa sempre bem - a caminho de Bordéus e, já na altura, achei a cidade fascinante. E não só por surgir como uma miragem inverosímil depois do horror de Bilbao, aka, la asquerosa.. A localização ideal com uma baía tão protegida dos ímpetos do mar que lhe chamam "a Concha", acompanhada timidamente por uma marginal que exige, sempre, passeios prolongados ao fim da tarde e uma praia que permite, no Verão, uns mergulhos rápidos, já serviriam de base bastante consistente para qualquer declaração de amor. Mas há que juntar ainda - some cities have all the luck - uma arquitectura digna de prospecção mais detalhada; um rio que atravessa a cidade criando a oportunidade - não descurada - de erguer pontes, um aspecto de cuidado generalizado nas ruas e jardins e hotéis românticos de cortar os pulsos. Como se não bastasse, ainda há colinas para se ter uma pespectiva adequada de tudo isto antes de comer uns pinchos ao balcão sem problemas de bombas que os simpáticos da ETA decretaram logo um cessar-fogo assim que cá cheguei.
Assim sendo, o único problema é ter dos imobiliários mais caros de Espanha pelo que vou ali trabalhar e já cá volto.

quarta-feira, abril 12, 2006

Caracóis, Sandálias e Traições (c)


HTML Dog

Devido a complicações de agenda, isto, desta vez, além de tarde e a más horas,vai ter de ser um dois em um. Ou melhor, um dez e onze em um. E que se passou afinal, enquanto estive distraído? Houve festa rija em Roma em honra de César - sendo Bruto uma das atracções principais na categoria das anémonas na qual tem a concorrência feroz de Octávia que trocou as agulhas do tear de Servília pelas adagas de Cibeles; Voreno descobre que na Bielorússia é que têm razão ("The people are not crying out for clean elections") e a Pulo as coisas também não correm muito bem, mas ele resolve-as com a subtileza a que já nos habituou e acaba metido na "cosa nostra" e em dietas sui generis.
Entretanto, Voreno e César começam a reforma agrária com terras germânicas e está-se mesmo a ver que o PREC não vai correr bem. Especialmente quando a plebe deposita esperanças em Bruto que, como toda a gente sabe - ops-, é um perfeito inútil ("I am just a man!The life or death of the Republic is not in my hands!").
A inevitável Átia revive "Pedro e o Lobo". Que sim, que o querem matar. Que não, que ela é uma drama queen. Ambas são verdade. Pelo sim, pelo não, César oferece a Macedónia a Bruto que, numa raríssima demonstração de bom-senso, recusa a oferta do "papá" quase lavado em lágrimas.
O episódio termina com Voreno a perceber como se cria o verdadeiro partido sexy, embora de sexualidade bastante duvidosa.
E pronto, já só falta um episódio e vai sendo tempo de se começarem os abaixo-assinados a exigir o Roma 2.

quinta-feira, abril 06, 2006

Falha explosiva


Auto

Que anda muito ocupado.

(pois...)
A trabalhar de sol a sol...
(hum, hum)
sem perceberok palavroak do que lhe dizenak...
(bocejo)
que esteve sem ligação à net...
(revirar de olhos)

Enfim, desculpas esfarrapadas para justificar não ter festejado devidamente este aniversário.
Ora, toma! Que a época é propícia e a ver se aprendes!