"Quid Rides? De te fabula narratur." Horácio.

quinta-feira, março 31, 2005

O Estado do Estado

Kafka


O Estado cobra-me por ter casa e, quando troco de casa, o Estado dá-me um ultimato de 60 dias para pedir isenção do imposto que me cobra por ter uma casa que comprei com o dinheiro que me sobrou depois do Estado me ter tirado uma parte dos meus rendimentos sabe Deus para que inutilidades. Eu cumpro o que o Estado me disse porque se não o Estado manda-me prender e antes dos 60 dias peço a isenção.
Oito meses depois o Estado informa-me que tenho de pagar um imposto pelas duas casas: a anterior e a nova. E o pedido de isenção? O Estado em oito meses ainda não teve tempo de processar o pedido que eu tive de entregar em menos de 60 dias - ou ia para a prisão.
Confrontado com o absurdo, o Estado diz-me para não me preocupar, que tem tudo a ver com a eficiência e seriedade do Estado na avaliação das casas e para pagar - se não vou preso. O Estado depois logo me devolve o excesso. O Estado não conhece o valor temporal do dinheiro e não mo vai devolver com os juros correspondentes. O Estado não conhece o custo do trabalho ou não faria dois processamentos fora de prazo quando podia fazer só um e evitar um segundo. O Estado é sério? Ou seriamente inútil?
Para garantir a sobrevivência do sorvedouro que é o Estado e para garantir os 150 mil novos empregos aqui fica uma sugestão: basta processar os pedidos ainda mais vezes: o contribuinte faz o pedido, espera-se até vencer, o contribuinte paga, o Estado devolve mas considera só o período entre o pedido e o vencimento, o contribuinte reclama, o Estado analisa e repete a cobrança enquanto espera, o contribuinte paga, etc...

Carved London IV

Paz


Wellington Arch

Idiossincrasia Bélica

Chávez


Já me irrita o facto de ver um país onde mais de metade da população não come há meses gastar 1.3 milhares de milhões de euros em armamento. Mas dar mais força a lunáticos como Hugo Chávez - presume-se que para usar na única guerra em que a Venezuela está envolvida, a interna - é uma patetice adequada ao Mr Bean do país vizinho. A bem do socialismo, claro.

quarta-feira, março 30, 2005

Carved London III

HTML Dog


Estátua de Jorge IV e Coluna de Nelson
Trafalgar Square

Idiossincrasia de Auto-controlo

Expira


Respira fundo, conta até dez - tu pelo menos sabes contar melhor do que a OMS que se esqueceu de 230 mil mortos no Darfur, os grandessíssimos cretinos... Ops, inspira, pensa em flores de lótus. Eles não são umas bestas, têm dificuldades de aprendizagem. Até porque a Ana Gomes também lá foi e até levou um ábaco para fazer as contas. Expira. Os anormais.

terça-feira, março 29, 2005

Carved London II

Westminster Abbey


Detalhe da fachada da abadia de Westminster
Reparem na alternância masculno/feminino.
Isto é que são quotas.

Reforma

Oil for Money


Não acredito em coincidências e menos ainda quando afectam essa espécie de Presidente de Câmara português que é Kofi Annan: quem se eterniza nos lugares cria vícios nas instituições. Fosse quem fosse que tivesse feito negociatas com o dinheiro da ONU era causa para Kofi Annan se pôr - finalmente - a andar. Ter sido o filho só agrava a situação. Não há nenhuma justificação para o responsável máximo permanecer no seu lugar quando se passam situações destas na organização. O facto de não saber pode ilibá-lo de cumplicidade no crime do filho, não o iliba de má gestão, daí que o relatório chame "inadequada" à investigação interna da ONU. As reformas que Annan diz querer implementar deviam começar pela sua.

segunda-feira, março 28, 2005

Carved London

HTML Dog


"What sculpture is to a block of marble, education is to the soul."
Joseph Addison

Esta semana vamos à procura de figuras de pedra por Londres. Dada a enorme oferta, são necessários critérios de selecção rigorosíssimos. Assim, não sairá aqui nenhuma estátua ou escultura que não me agrade por isto, por aquilo ou porque sim. Como a de hoje, de F.W. Pomeroy, realizada em 1905 que se encontra no Old Bailey e representa a Justiça. Sim, não tem balança nenhuma e está de olhos abertos. É por isso que aqui está.

sábado, março 26, 2005

Idiossincrasia em Mini-férias

Sol ou chuva?


Mas afinal vamos a banhos?

quinta-feira, março 24, 2005

Idiossincrasia Filosófica

Vólei


Será esta a mens sana para Lisboa ter um corpore sano? Um super-homem? Filosofo, logo executo? Mas será que Lisboa faz parte do real? Poderemos conhecer verdadeiramente uma cidade? E a experiência Kantiana, senhores, a experiência? E o PSD? Bloqueia?

quarta-feira, março 23, 2005

Idiossincrasia Despigmentada

MJ



It's Close To Midnight And Something Evil's Lurking In The Dark
Under The Moonlight You See A Sight That Almost Stops Your Heart
You Try To Scream But Terror Takes The Sound Before You Make It
You Start To Freeze As Horror Looks You Right Between The Eyes,
You're Paralyzed

[Chorus]
'Cause This Is Thriller, Thriller Night
And No One's Gonna Save You From The Beast About to Strike

terça-feira, março 22, 2005

Ainda vai a tempo?

Santágua


Quase no fim do Dia Mundial da Água, queria deixar uma pequena homenagem a Santana Lopes pelas razões óbvias. Neste período de escassez, devemos-lhe todos um obrigado.

Idiossincrasia Pós-Repasto

Juiz


Felizmente, ainda há juízes que não se deixam intimidar pelo poder político que, vergonhosamente, se tem intrometido no caso Schiavo, um caso que me repele mais por ver quão indefesos podemos ficar nas mãos de morais alheias. Mais uma razão para haver uma lei que nos permita decidir quando temos essa capacidade.

segunda-feira, março 21, 2005

Idiossincrasia Matinal

HTML Dog

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.


Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.


Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.


Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.


Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.


Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.


Adeus.
Eugénio de Andrade, Os Amantes Sem Dinheiro

No dia da poesia, o meu poema favorito.

domingo, março 20, 2005

Idiossincrasia com Jet Lag

Up From


Como é que ela se chamava?
Dolores del Rio? Ai...

sábado, março 19, 2005

Gávea

Divã


Já passou uma semana? Só de pensar em neve deu-me a depressão pós-solar. Pela primeira vez, provavelmente por estar de cabeça para baixo, a psicanálise fez sentido e fui deitar-me no "Divã" com Lília Cabral (em público, no Teatro das Artes). Saí de lá bem melhor. O teatro em português está bem e recomenda-se a apenas 10 horas de voo.

sexta-feira, março 18, 2005

Barra da Tijuca

HTML Dog


Há duas coisas que todos os prédios do Rio têm: grades e nomes mais ou menos pomposos que variam de "Edifício Côte d'Azur" ao meu favorito "Palazzo Ducale", adequadíssimo à florentina Barra.

quinta-feira, março 17, 2005

São Conrado

HTML Dog


Ah, pois é!
Que o Rio é bem mais maravilhoso visto de cima
(especialmente a Rocinha).

quarta-feira, março 16, 2005

Ipanema

Táxi



O crime melhorou um pouquinho,
mas o problema é que a gente não sabe para onde correr:
se prá polícia, se da polícia.

terça-feira, março 15, 2005

Copacabana

Piolho


Interdição num cartaz à porta de uma escola primária em Copacabana.

segunda-feira, março 14, 2005

Botafogo

Maria Bethânia


Ontem, ao vivo no Canecão,
com direito a homenagem a Vinicius de Moraes e tudo.
Ainda não recuperei o folêgo.

Primeiro você me azucrina, me entorta a cabeça
Me bota na boca um gosto amargo de fel
Depois vem chorando desculpas , assim meio pedindo
Querendo ganhar um bocado de mel
Não vê que então eu me rasgo
Engasgo, engulo, reflito, estendo a mão
E assim nossa vida é um rio secando
As pedras cortando, e eu vou perguntando: até quando?
São tantas coisinhas miúdas, roendo, comendo
Amassando aos poucos com o nosso ideal
São frases perdidas num mundo de gritos e gestos
Num jogo de culpa que faz tanto mal
Não quero a razão pois eu sei o quanto estou errada
O quanto já fiz destruir
Só sinto no ar o momento em que o copo está cheio
E que já não dá mais pra engolir
Veja bem, nosso caso é uma porta entreaberta
Eu busquei a palavra mais certa
Vê se entende o meu grito de alerta
Veja bem, é o amor agitando meu coração
Há um lado carente dizendo que sim
E essa vida da gente gritando que não

sábado, março 12, 2005

Idiossincrasia Matinal

Rio



My Rio, Rio by the sea o, Flying down to Rio
Where there's rhythm and rhyme.
Hey Feller, Twirl that old propeller,
Got to get to Rio and we've got to make time.
You'll love it soaring up above it,
Looking down on Rio from a heaven of blue.
Send a radio to Rio de Janeiro
With a big hallo just so they'll know
And stand by there, we'll fly there.
Hey Rio, everything will be okay
We're singing and winging our way to you.
Rudy Valée, Flying Down to Rio

P.S. Já cá volto, mas com sotaque.

sexta-feira, março 11, 2005

11/M

HTML Dog



Quiero dormir el sueño de las manzanas
alejarme del tumulto de los cementerios.
Quiero dormir el sueño de aquel niño
que quería cortarse el corazón en alta mar.

No quiero que me repitan que los muertos no pierden la sangre;
que la boca podrida sigue pidiendo agua.
No quiero enterarme de los martirios que da la hierba,
ni de la luna con boca de serpiente
que trabaja antes del amanecer.

Quiero dormir un rato,
un rato, un minuto, un siglo;
pero que todos sepan que no he muerto;
que haya un establo de oro en mis labios;
que soy un pequeño amigo del viento Oeste;
que soy la sombra inmensa de mis lágrimas.

Cúbreme por la aurora con un velo,
porque me arrojará puñados de hormigas,
y moja con agua dura mis zapatos
para que resbale la pinza de su alacrán.

Porque quiero dormir el sueño de las manzanas
para aprender un llanto que me limpie de tierra;
porque quiero vivir con aquel niño oscuro
que quería cortarse el corazón en alta mar.
Federico García Lorca, Gacela de la Muerte Oscura (Dívan del Tamarit)

Women Power

Nancy Astor


"We're not asking for superiority for we have always had that; all we ask is equality."
Para terminar em grande esta série, ficamos com esta (modesta) frase de Lady Nancy Waldorf Astor ,
a primeira mulher na Câmara dos Comuns (em 1919).

Idiossincrasia Matinal

Red Nose

(o escritório está cheio de gravatas, vestidos, camisas e blusas encarnadas.
Se isto não fosse a Inglaterra, já tinha corrido para o aeroporto)

quinta-feira, março 10, 2005

Conversa de Hotel

Alemanha?



- A Alemanha não me diz nada.
- Se calhar diz, tu é que não entendes.

Women Power

Elizabeth


Aqui fica, sem mais comentários, o soneto 43 da colecção Sonnets from the Portuguese que Elizabet Barrett Browning escreveu (disfarçados de tradução do português):

How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.
I love thee to the level of everyday's
Most quiet need, by sun and candlelight.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.
I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood's faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints,—I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life!—and, if God choose,
I shall but love thee better after death.

Idiossincrasia Matinal

Vela


Já estou com a cabeça no outro lado do Atlântico,
o que não dá muito jeito porque o corpo está aqui.
Ainda não é Sabado? Bolas!

quarta-feira, março 09, 2005

Idiossincrasia Matinal

Tatami


Com um MNE destes é garantido que vamos ao Tatami.

terça-feira, março 08, 2005

Conversa de Hotel

Tupolev



- So you fly a lot?
- A lot? I have more miles on me than an Aeroflot Tupolev!

Women Power

HTML Dog


No dia da mulher, o Quid leva as mulheres às nuvens com Beryl Markham, a primeira mulher a atravessar o Atlântico de Leste para Oeste (que é como quem diz de cá para lá). Que sirva para voos futuros.

Idiossincrasia Matinal

Caminho


A Síria?
Fica para aquele lado.
Podem ir andando.

segunda-feira, março 07, 2005

Women Power

Virginia Woolf


"For most of history, Anonymous was a woman."
Isso acabou e esta frase tem autora :Virginia Woolf.
Tal como esta:
"Women have served all these centuries as looking-glasses possessing the magic and delicious power of reflecting the figure of man at twice its natural size."
E esta:
"Life for both sexes —and I looked at them, shouldering their way along the pavement —is arduous, difficult, a perpetual struggle. It calls for gigantic courage and strength. More than anything, perhaps, creatures of illusion as we are, it calls for confidence in oneself. Without self-confidence we are as babes in the cradle. And how can we generate this imponderable quality, which is yet so invaluable, most quickly? By thinking that other people are inferior to one self."
E várias outras num ensaio indispensável baseado em palestras realizadas em Cambridge - em dois dos colleges que aceitavam mulheres - em 1929: A Room of One's Own.


Idiossincrasia Matinal

Tiro


Americanos praticam tiro à italiana comunista.
Ou como o ego manifestamente não tem limites.

domingo, março 06, 2005

Women Power

Emmeline Pankhurst


Na semana do dia internacional da mulher (e a seguir a Sócrates mandar as mulheres para a cozinha), o Quid vai à procura das britânicas que arregaçaram as saias e se puseram a caminho da igualdade.
Como não podia deixar de ser, começamos com Emmeline Pankhurst a activista do movimento das suffragettes que no período antes da Primeira Guerra Mundial lutou e ganhou o direito a voto para as mulheres britânicas e 1918. Em Portugal, tardaria mais 13 anos.

Idiossincrasia Matinal

No Seu Lugar


Obrigado, Sócrates, por ter posto as mulheres no lugar delas. Não queremos mulherio no trabalho de homens. Educação e Cultura pode ser, mas para cumprir as quotas (por sinal, socialistas) tem de abrir o ministério da Cozinha e o do Bordado.

sábado, março 05, 2005

Idiossincrasia Matinal

Freitas fora


Obrigado, Sócrates, por atirar o Freitas para o estrangeiro.
É que, por cá, já ninguém o aguenta.

sexta-feira, março 04, 2005

Chega

Larga

A sério, não tenho paciência.
Ora explique lá isso outra vez em mais palavras, se faz favor.

Então aqui fica: é absurdo que os políticos possam saltar de cargo em cargo impunemente e regressar aos cargos anteriores quando dão com os burros na água, como se nada fosse. Aconteceu com Sampaio e prepara-se para se repetir com Santana, mas trata-se acima de tudo de um problema da cultura política nacional. Por que raio podem os autarcas "suspender" mandatos para concorrer às legislativas? Algum português pode "suspender" o emprego que tem para ir tentar outro? E se não correr bem ou for despedido do novo emprego volta ao anterior como se nada fosse? Obviamente que não e a única razão porque os políticos o fazem é porque são os próprios a definir as regras que os beneficiam. A ambição acarreta riscos e esses riscos têm de ser assumidos. Quem decide avançar para um novo desafio sabe que o que adquiriu até aí se pode perder e decide conscientemente abdicar disso porque acredita na sua capacidade para o desafio futuro. Os nossos políticos, como são medíocres, só saltam com rede num total desrespeito pelos mandatos que lhes foram atribuídos e pelos votantes que neles depositaram a sua confiança. Pela minha parte, deixo-os cair.


quinta-feira, março 03, 2005

Idiossincrasia Matinal

Corrida


Mas afinal a Manela entra ou não entra na corrida?
Ainda estará a calçar as sapatilhas?
Ou será que não gosta de barreiras?

quarta-feira, março 02, 2005

Corpo de Cristo

Sagrada Comunhão


Uma em cada seis adolescentes portuguesas pode receber comunhão do Padre Nuno Serras Pereira porque não têm nada entre o seu e os outros corpos. Não sei é se depois o padre lhes baptizará os filhos...

Swinging London IV

2001


Na altura, parecia longínquo e misterioso. Hoje tem algo de ridículo e ultrapassado, mas não deixa de ser imprescindível na DVDteca de qualquer cinéfilo amador. Foi realizado nos anos 60 em Londres, baseado no livro de Arthur C. Clarke, com os olhos bem abertos de Stanley Kubrick: 2001, Odisseia no Espaço.

Idiossincrasia Matinal

HTML Dog


A esperança emerge no Médio Oriente (da Palestina ao Líbano).
Será que - horror dos horrores - os americanos tinham alguma razão?

terça-feira, março 01, 2005

Quarto com Vista

Vista


Por cá, tenho seguido com alguma curiosidade a novela do presidente da Câmara de Londres, Ken Livingstone, que começou há cerca de um mês. Na altura, um jornalista saltou literalmente para cima de Livingstone quando este saía de uma festa privada celebrando os 20 anos do primeiro deputado a assumir a sua homossexualidade. Livingstone pergunta então ao "jornalista" (entre aspas porque trabalha para o Evening Standard que é um pasquim manhosíssimo) se é um criminoso de guerra alemão. O resto fica aqui em transcrição:
"No, I'm Jewish, I wasn't a German war criminal. I'm quite offended by that."
"Ah right, well you might be, but actually you are just like a concentration camp guard, you are just doing it because you are paid to, aren't you?"
Não caiu o Carmo e a Trindade , mas caíram Fleet e Downing Street que disse ao mayor para pedir desculpas à "comunidade".
Livingstone recusou-se e eu comecei logo a gostar dele.

Vieram pedidos de todos os lados, uns mais educados que os outros, e ele continuou e continua até ao momento a recusar-se a pedir desculpa e eu acho que ele tem toda a razão. O que está em causa aqui não é, como a campanha em curso tenta fazer passar, a tolerância do mayor, mas o profissionalismo, ou falta dele, do "jornalista".
Em primeiro lugar, o mayor não sabia que ele era judeu nem tinha nada que saber. O facto do jornalista responder que é judeu é perfeitamente descabido: ele não está perante o mayor como judeu, mas sim como "jornalista". Desde quando é que os jornalistas se apresentam aos entrevistados como "fulano tal, heterossexual, muçulmano, de origem árabe e francesa, etc"?
Ainda assim, pode argumentar-se que quando o comparou a um guarda de um campo de concentração já sabia que ele era judeu e aqui saímos do profissionalismo e entramos no politicamente correcto. Livingstone não cede ao PC nem que a mafia da imprensa traga o assunto para a primeira página todos os dias. Diz que não pede desculpa porque não tem nada que se desculpar e que quem lhe deve desculpas é o "jornal" e o "jornalista". Até agora não cedeu. Cá estarei para ver.

P.S. A vista de hoje é do Parque 3 do Aeroporto de Gatwick. Inspiradora...

Swinging London III

Mini


Com a precisão inglesa, a definição exacta é: "uma saia com um comprimento entre os 10 e os 20 cm". O resto do mundo não mede e chama-lhe só mini. Mas agradece na mesma a Mary Quant a libertação das pernas femininas que qualquer rapariga moderna passeava por Londres.

Idiossincrasia Matinal

Na mouche


Na mouche. É inaceitável que os autarcas - esse exemplo de integridade, esse modelo de dedicação à causa pública - sejam acusados desta forma ignóbil. Processem-no, sim senhor! Nunca um autarca aceitou luvas, até porque no Rio de Janeiro não fazem falta.