"Quid Rides? De te fabula narratur." Horácio.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Que la vida es un Carnaval!


Carnivale

A primeira vez que ouvi falar no Carnivàle foi através da Charlotte que, há alguns meses, comentou a série no Bomba. Na altura, procurei o DVD e encontrei-o a um preço pouco razoável nos Estados Unidos e a série caiu no esquecimento. No Natal, alguém de indubitável bom gosto, ofereceu-me a caixinha na versão portuguesa. E lá tem estado, de plantão ao lado do DVD, à espera de tempo. Acontece que ontem, na conversa sobre o Roma, voltou a surgir o Carnivàle - o genérico para ser mais preciso. Ainda por cima, por três a um - coincidência? I don't think so.
Obviamente, quando cheguei a casa, o DVD saiu finalmente da caixa e, como é evidente, eles tinham razão. Há, de facto, muitas semelhanças entre os genéricos, até porque foram criados pela mesma empresa (e o de Deadwood também).
Mas que dizer então do primeiro episódio de Carnivàle? A primeiríssima impressão foi que estava perante um texto de Steinbeck: uma quinta falida que um banco reclama, a miséria de Ben a enterrar a mãe à frente de casa, os trabalhadores temporários de Oklahoma na Califórnia ("the promised land") são "As Vinhas da Ira" reloaded.
No entanto, as semelhanças entre os sharecroppers e os carnies ficam-se por aqui. Os últimos têm segredos e capacidades ocultas que presumo vir a descobrir nos episódios seguintes. São uma espécie de X-Men avant la lettre. Neste episódio já se viu como Ben - qual Jesus do Dust Bowl - devolve o andar a uma menina. Falta ver o Mal que já se adivinha.