Vou-me embora

Ora fica uma pessoa fora uma semana, deixando o país entregue a si próprio e quando volta que é que encontra?
O Presidente da suposta República informa o país através de um comunicado ilegível escrito pr um qualquer rato da biblioteca de Belém que vai iniciar um processo. O PM é que explica ao país que esse processo é para o pôr na rua porque Sua Alteza M. La Carotte não se digna explicar ao povo - esse massa inculta que tem é de estar calada e votar sim mesmo que não entenda em quê - que raio de processo iniciou e menos ainda por que motivo mudou de ideia em quatro meses. Para cúmulo, o mesmo senhor que há quatro meses nos deu uma palestra na TV sobre o parlamentarismo e a sua importância para a democracia representativa e que tomou uma decisão em conformidade com a teoria que advogou, "esquece-se" de informar a segunda figura do Estado que lhe ia fechar a casa. Terá presumido que ele leria as duas linhas pomposas do comunicado na comunição social? Não fosse o senhor um fervoroso opus católico e veria aqui falta de respeito e de coerência. Assm, verá apenas os caminhos misteriosos do Senhor.
Mas os disparates do Beta-caroteno de serviço não ficam por aqui, então não é que o senhor põe uma corda ao pescoço do Parlamento, diz que vai abrir o alçapão mas que antes ainda quer que lhe façam um favorzinho e aprovem o (mau) orçamento que geraram? Ora vamos lá por partes: este Parlamento é mau, certo? O Governo que gerou não presta, exacto? Não apresenta capacidades de gerar outro Governo credível na interpretação do PR, não é? Então como raio e com que caa de pau tem o irresponsável o desplante de pedir a estes energúmenos que ele despediu que decidam o futuro do país durante um ano antes de se irem embora? São maus em tudo menos a fazer orçamentos? Não são credíveis para governar o país mas podem espartilhá-lo durante mais um ano?
Entretanto, os portugueses voltaram ao Sebastianismo na forma de Cavacos e companhia. Eu tenho a teoria de que essa geração de políticos já está toda senil. O primeiro foi Freitas que voltou de Nova Iorque com um vírus de bloquite galopante que deve ter apanhado em visita de estudo ao Harlem. O Cunhal já nasceu senil, nem vale a pena ir por aí. Depois foi Mário Soares que anda em chorrilhos de disparates só perdoáveis pela Alzheimer e, finalmente, Cavaco Silva a quem o contacto diário na Católica com César das Neves o convenceu que não há almoços grátis, mas há críticas gratuitas.
Por outro lado, o líder da oposição não sabe fazer m programa eleitoral, o que é lógico porque não tem nenhuma ideia e estava à espera dos seus estados gerais - não me lembro do nome palerma que lhes deu - para ver se alguém lhe dava uma ideia daquilo que ele quer fazer no país. Não teve tempo e agora vai apresentar um programa qualquer tipo Quinta das Celebridades a ver se ninguém nota que a Cinha que arranjou não é uma tia é uma sobrinha muito afastada.
Posto isto, e como ainda não prenderam o Pinto da Costa e no Carnaval há eleições - ou melhor nas eleições e no período que as antecede há Carnaval - já comecei a fazer as malas outra vez. Espero que para a semana ainda haja PR, Tribunais e Polícia.