Me escreve, vai! (IV)
A conversa até não começou mal e achei certa graça à humildade - nada comum no mundo literário - que Érico Veríssimo parecia mostrar quando afirmava não se considerar inovador, nem sequer inteligente. A coisa descambou quando se saiu com esta:
"Concordo com os críticos: não sou profundo. Espero que me desculpem."
Uma coisa é ser modesto ou humilde, outra, completamente diferente, é assumir-se como superficial. Ainda assim, a contragosto, terminei de ler a entrevista e a única conclusão é esta: indesculpável.
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