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SETE horas certinhas - pontualidade britânica -no aeroporto em Londres. Quem acha que não há por aí uma guerra verdadeira, devia ter de ficar de saquinho transparente na mão sem sequer poder ligar a ninguém porque o telemóvel teve de ir no check-in, mas agora estou irritado de mais para falar da guerra à minha liberdade. Já cá volto.
Voltei, mas não muito mais calmo. Estou francamente farto e não é da espera ou de ter de servir de tradutor entre a menina dos serviços especiais do aeroporto e um jovem valenciano de cadeira de rodas a quem tive de explicar que não podia viajar, ou melhor, ele podia, a cadeira é que não, nem sequer no porão. O episódio valeu-me um grito de "Y mis puñeteros derechos?" A pergunta é legítima e deverá ser dirigida ao bando de apologistas de serviço que já começaram, como sempre, a procurar justificações "sociológicas", razões de "marginalidade", motivos de "falta de integração" ou causas de "falta de oportunidades". Certamente, ainda pretendem que nos desculpemos por provocar o desejo irreprimível de levar 3000 pessoas a visitar os golfinhos dos Açores no seu habitat natural. Bush oblige.
Comigo, vão de carrinho porque eu continuo a ir de avião e não pretendo pedir desculpa a ninguém por o poder fazer, é o meu puñetero derecho.
P.S. Mesmo possesso, aproveito para dar os parabéns - quase tão atrasados como o meu voo - à Miss Pearls por este ano de carbonato de cálcio, matéria orgânica, água e muito glamour.
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