"Quid Rides? De te fabula narratur." Horácio.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Caracóis, Sandálias e Traições (c)


Tito Pulo

Na construção da narrativa de Roma foi tomada uma opção interessante de envolver um, aparentemente insignificante, soldado como catalisador de uma série de eventos cruciais na História - uma espécie de Forrest Gump de sandálias.
Ontem já vimos como, por causa de Tito Pulo, a República se prepara para a guerra. Mas também já percebemos que a sua insignificância é só mesmo aparente: Pulo é a República (ou uma parte dela): impulsiva, dissoluta e devassa. Não é por acaso que, no jantar em casa de Átia, é Pulo o defensor de César: "Never mind the law. Rome needs a strong man with a new broom."
A outra República, a ideal, é a de Lúcio Voreno, a antítese de Pulo. Enquanto Pulo vai para o bordel, Voreno vai ter com a família; um investe os espólios da guerra, o outro joga-os; um defende a invasão de Roma, o outro a divindade da República, ainda que seja ao lado de Catão. Será da fusão desta antítese que surgirá a Roma de César.
Outros pontos:
- Cícero é um banana.
- Catão, como todos os fanáticos, não prevê as consequências.
- Pompeu é só inábil? Ou equivocado, segundo a Cláudia.
- Marco António entediado e um bocadinho entediante.
- Átia cada vez melhor. Vende a filha a caprichos e troca de lealdades tão rápido como de parceiros sexuais.
- Será Octaviano (note taken) o típico bloquista, a "esquerdinha liteira"? A Charlotte confirma que sim, é mesmo "um desastre completo".
- Niobe.... Reencontro ou recompensa?
- Convenhamos que a operação foi fácil porque não havia grande coisa no caminho. O forte de Tito Pulo não é a cabeça.