Caracóis, Sandálias e Traições (c)
Na construção da narrativa de Roma foi tomada uma opção interessante de envolver um, aparentemente insignificante, soldado como catalisador de uma série de eventos cruciais na História - uma espécie de Forrest Gump de sandálias.
Ontem já vimos como, por causa de Tito Pulo, a República se prepara para a guerra. Mas também já percebemos que a sua insignificância é só mesmo aparente: Pulo é a República (ou uma parte dela): impulsiva, dissoluta e devassa. Não é por acaso que, no jantar em casa de Átia, é Pulo o defensor de César: "Never mind the law. Rome needs a strong man with a new broom."
A outra República, a ideal, é a de Lúcio Voreno, a antítese de Pulo. Enquanto Pulo vai para o bordel, Voreno vai ter com a família; um investe os espólios da guerra, o outro joga-os; um defende a invasão de Roma, o outro a divindade da República, ainda que seja ao lado de Catão. Será da fusão desta antítese que surgirá a Roma de César.
Outros pontos:
- Cícero é um banana.
- Catão, como todos os fanáticos, não prevê as consequências.
- Pompeu é só inábil? Ou equivocado, segundo a Cláudia.
- Marco António entediado e um bocadinho entediante.
- Átia cada vez melhor. Vende a filha a caprichos e troca de lealdades tão rápido como de parceiros sexuais.
- Será Octaviano (note taken) o típico bloquista, a "esquerdinha liteira"? A Charlotte confirma que sim, é mesmo "um desastre completo".
- Niobe.... Reencontro ou recompensa?
- Convenhamos que a operação foi fácil porque não havia grande coisa no caminho. O forte de Tito Pulo não é a cabeça.
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