O contraditório do "contraditório"
Suplício de S. Marcelo às Mãos da Inquisição
A questão da saída de Marcelo Rebelo de Sousa por causa da falta de "contraditório" criou uma histeria completamente contraditória. Que se defenda que as pressões são inadmissíveis (e que, obviamente, existiram), que a imprensa deve ser mais independente e que a liberdade de expressão é um direito dos cidadãos é uma coisa.
Agora que se berre "censura" ou coisas piores (para Prado Coelho é a própria ideia de democracia que está em causa; já se fala em Golpe de Estado, Ana Gomes oferece espaço de blogue, Luís Nazaré fala de Gonçalvismo, Rui Tavares dos "tempos revolucionários" - só me admira ainda não se ter falado do Index e da Inquisição) é o que se chama uma contradição.
Se a situação fosse tão má como a descrevem, não a poderiam descrever. O censurado, por definição, não berra coisa nenhuma, é calado.
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