Bye the Bay

Custa-me sempre deixar São Francisco. Arrasto-me até ao último minuto qual miúdo que sabe que tem de ir fazer os deveres e deixar a brincadeira. Não quero, faço birra, resmungo e acabo por ir, contrariado e sob protesto, para o aeroporto.
Não há, nem poderia haver, qualquer racionalidade nesta relutância - especialmente este fim-de-semana em que não parou de chover um minuto e dei comigo armado em canalizador na casa de um amigo que caminhava a passos largos para se transformar em aquário.
As paixões são mesmo assim, não se explicam nem se justificam, aceitam-se com a resignação de uma inevitabilidade. Olha-se para trás para a ver uma última vez entre o nevoeiro e, pragmaticamente, programa-se quanto antes o próximo encontro fugidio.
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