"Quid Rides? De te fabula narratur." Horácio.

sábado, setembro 03, 2005

The Mex Files IX

Nova Basílica


Nova Basílica de Guadalupe, México

O que é que se faz quando se leva um ralhete de mãe por não se ter ido ver a Virgem de Guadalupe?
É a primeira coisa que se faz quando se volta à Cidade do México. É que os pedidos de mãe são uma espécie de cartas da DGCI: se ficarem pendentes não se consegue dormir. Embora tenha suspeitas que a ideia era que eu rezasse, parece-me um compromisso razoável ir lá e mandar umas fotos à frente das Basílicas. Além do mais, a Virgem já me fez pagar o agnosticismo com uma chuvada torrencial à saída. É para aprender.
Há várias pontos curiosos na história da Virgem de Guadalupe: apareceu aqui muito antes de ir até Fátima, em 1531; apareceu a um índio, com o nome, digamos, "suspeito" de Juan Diego ("Juanito", "Juan Dieguito", como lhe chama a Virgem) e, finalmente, tem uns traços entre o índio e o negro o que contrasta com as virgens pálidas e alouradas que nos habituámos a ver. Mas o melhor é verem a história.
O Santuário em si começou, no século XVII, com a construção da Capela do Cerrito, no monte por onde o índio vinha quando a Virgem o chamou e de onde o anjo aí em baixo olha a Cidade do México com mais três companheir@s (há muito para olhar...). Em 1709, foi construída a primeira Basílica de Guadalupe que é hoje o intimidatório Templo Expiatório a Cristo Rei, onde aproveitei para me refugiar da chuva e ver se, num dois em um, também se me expiavam os pecados. Devido ao terramoto, esta Basílica foi encerrada para recuperação e os mexicanos, que não podiam ficar privados da Virgem, construíram uma nova com capacidade para 10 mil pessoas. O mais impressionante na nova Basílica não era o número de confessionários (contei, pelo menos, uns 20), mas as filas enormes numa Sexta-feira à tarde para ir ao confessionário.
No local exacto onde a Virgem terá aparecido, existe um manancial e, obviamente, mais uma capela, a barroca Capela del Pocito, de onde vem a água bendita.
No meu caso, só veio de cima.

Nova Basílica