Caracóis, Sandálias e Traições (c)
Marco António não sabe se vá, se fique, se fique, se vá. O Tribuno do povo - bruto que nem portas, embora mantendo o galanteio às patrícias - não sabe se há-de ir salvar César da embrulhada em que se meteu até ser confrontado com um espelho. A maquiavélica Átia até já casava: se as coisas correrem mal e Pompeu voltar em grande, dá jeito um Marco António ao lado. Mas ele não está pelos ajustes e, quando vê em Átia a velha Harpia em que ele próprio se está a tranformar, tem um assomo de lealdade e lá parte em direcção à Grécia com a XIII, não sem antes passar legislação populista para aumentar o emprego num senado cada vez mais "cubanizado".
Entretanto, Voreno embebeda-se e pede conselhos a Pulo sobre dar umas sovas a Níobe que se recusa a copular. Pulo está de acordo desde que seja consistente: uma sova só não basta e o problema é que depois ficam feias pelo que avança com o plano B para ajudar Voreno: dizer a Lyde que o marido já não volta e que se faça à vida. Ela faz-se, mas antes amaldiçoa Níobe com as Fúrias.Átia descobre, horrorizada, que Octaviano ainda não penetrou ninguém e encarrega Pulo de tratar do assunto rapidamente com uma rapariga "limpa". Octaviano lá faz o sacrifício sem grande entusiasmo, embora a rapariga diga, no melhor género de script de telemarketing, que ele foi "como um touro". Será o que Octaviano aprendeu com Pulo?
Átia não perde tempo e, prevendo a derrota de César, envia um presente, de proporções generosas - que diria Barthes? -, a Servília - que lhe pode dar jeito como amiga no futuro - e manda Octaviano, que já é, finalmente, um homem, para uma academia fora de Roma. Mas sem os livros dos gregos.
A XIII parte para a Grécia, mas as oferendas parecem não ter sido suficientes. Zarpar para a Grécia tem destas coisas.
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