Idiossincrasia Matinal

A minha vida de semi-estrangeirado permite-me luxos como o de não saber quem é o último namorado da Elsa Raposo ou de onde veio a última estrela da blogosfera nacional. É, sem dúvida, ignorância minha porque parece que até dá aulas de alguma coisa - o (ex-?) namorado -, mas foi por esta razão que acompanhei as últimas polémicas com uns quilómetros adicionais.
Defensor da liberdade de expressão, sou ainda mais fervoroso defensor da liberdade de surdez: se a primeira permite a alguém só dizer barbaridades (lembro-me, assim de repente, do Francisco Louçã), a segunda permite-me ignorá-las e era desta forma que lia os posts da polémica: saltando por cima numa alegre surdez. Ainda assim, nas minhas leituras "salta-postinhas", apanhei algumas coisas no ar. Aparentemente, os judeus têm o péssimo hábito de usar o intelecto - prática que me parece perfeitamente condenável - e a liberdade de expressão permite ameaçar alguém de morte. Só não entendi se também permite concretizar a ameaça.
Não sendo judeu, falta-me certamente o intelecto para interpretações, mas sempre achei que esta mania de acusar os judeus de serem inteligentes e ricos tem algo em comum com a teoria freudiana da inveja do pénis. Talvez seja a parte da inveja. Já a Elsa Raposo tem tomos completos a explicá-la.
A minha teoria só cai por terra porque Freud, esse intelectual abastado, era judeu.