As Vinhas da Ponte
João César das Neves brinda-nos com a seguinte análise na sua crónica do DN de hoje:
"O Governo decretou «tolerância de ponto» no dia 4 de Outubro. Houve a habitual chuva de críticas, como haveria no caso contrário, e o jogo político prosperou. Mas neste caso o argumento foi a quebra no PIB, havendo até quem apresentasse estimativas percentuais. Só que a ordem ministerial competia apenas à função pública, cuja produção ninguém pode medir. Ninguém sabe quantas empresas privadas decidiram «fazer ponte por causa disso ou, sequer, quantas empresas fizeram ponte». Será que os críticos sugerem acabar com os fins-de-semana para aumentar o PIB? Nos temas económicos os disparates abundam."
É um facto que abundam. Se o Sr. Professor ler a edição de hoje do DN verá que, por causa dessa ponte no Instituto do Vinho e da Vinha - uma entidade pública, cuja produção, como afirma, "ninguém pode medir"- os produtores vinícolas estiveram quatro dias sem poder transportar os seus produtos e a estragar produção porque não tinham o aval necessário do IVV.
A função pública serve as empresas e os cidadãos e quando fecha durante quatro dias causa-lhes prejuízos. Mesmo que não se possa medir a sua produção, medem-se as consequências da ausência dela.
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