Terrorismo Parlamentar
Na sua intervenção no Parlamento Europeu, que a própria transcreve no Avareza, Ana Gomes liga a questão do Borndiep à luta contra o terrorismo internacional em mais uma demonstração da exuberância (chamemos-lhe assim)a que já nos habituou.
O argumento, e sintetizo, é o de que o Governo Português em vez de alocar todos os seus recursos à luta contra o terrorismo, usa-os para perseguir mulheres que fizeram abortos solicitando à Comissão Europeia que peça explicações ao Governo nesse sentido. Esperemos que não o faça.
Que a União Europeia tenha a desfaçatez de pedir a um Estado soberano - que ainda éramos da última vez que verifiquei - justificações sobre a utilização dos seus meios judiciais e policiais em assuntos estritamente internos só pode ocorrer a eurocratas federalistas que nos corredores cinzentos de Bruxelas se convenceram que têm poderes que nunca ninguém lhes concedeu, muito menos o povo que nem se dá ao trabalho de os eleger.
Ou então de populistas profissionais que em vez de criticar a decisão do Governo naquilo que tem de criticável e que é - pode ser - da competência da União (a livre circulação), preferem associar o aborto em Portugal à luta contra o terrorismo.
Embora neste caso me pareça ser uma mistura explosiva de ambas: uma eurocrata populista em terrorismo parlamentar.
O argumento, e sintetizo, é o de que o Governo Português em vez de alocar todos os seus recursos à luta contra o terrorismo, usa-os para perseguir mulheres que fizeram abortos solicitando à Comissão Europeia que peça explicações ao Governo nesse sentido. Esperemos que não o faça.
Que a União Europeia tenha a desfaçatez de pedir a um Estado soberano - que ainda éramos da última vez que verifiquei - justificações sobre a utilização dos seus meios judiciais e policiais em assuntos estritamente internos só pode ocorrer a eurocratas federalistas que nos corredores cinzentos de Bruxelas se convenceram que têm poderes que nunca ninguém lhes concedeu, muito menos o povo que nem se dá ao trabalho de os eleger.
Ou então de populistas profissionais que em vez de criticar a decisão do Governo naquilo que tem de criticável e que é - pode ser - da competência da União (a livre circulação), preferem associar o aborto em Portugal à luta contra o terrorismo.
Embora neste caso me pareça ser uma mistura explosiva de ambas: uma eurocrata populista em terrorismo parlamentar.
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